9 de fevereiro de 2008

Para S.P


Vagueio pelo caminho incerto que me conduz a ti,

É a estrada que não se vê,
É o vazio que queres que exista.
É a distância que não queres anular.
Vagueio pelo mundo enquanto amanhece,
Procuro-te, mas não te encontro.
Não sinto a Dor. Não sinto a Paz.
Não sinto a Tristeza. Não sinto o Amor nem o Ódio.
Não vejo a Vida nem a Morte.
Eu sou o VAZIO.
Quero que sejas a Luz que os meus olhos alcançam.
Quero que sejas o possível e o impossível.
Quero que compreendas o incompreensível.
Quero que Tu existas, pois já não existes agora!

Será que quando penso em ti renasces e existes?
Sinto-te. Algo acontece. É estranho. Nunca assustador.
O motivo é incerto, mas a razão é divina.
Vejo-Te. Mas és infinitamente uma miragem.
Tudo é possível. Viverei novamente. Contigo na eternidade.
Culpo-me pelo teu sofrimento, mas o sofrimento enriquece-me.
Quanto mais custam as feridas, melhor sabem as cicatrizes.
Não sei porque existo, mas a verdade é que existo!
Algo correu mal. Agora estou aqui, neste mundo cruel, onde a vida não passa de ser, meramente desprezada e humilhada.
Bate e rebate, desde o início ao fim, sem explicação para tal.
É desejada para a eternidade por uns, e reclamada por outros que não chegam a tão longa distância.
Bate e rebate, também em mim.
Aumenta a distância que nos separa.
Distância que nunca quiseste, mas que não conseguíste evitar.
Nem eu.
Tudo o que tens de saber: é que aquilo que não viveste eu viverei por ti.
Em Tua Honra.
Penso em Ti, quando te quero aqui, vem juntinho a mim.
Aonde eu estiver, estarás lá comigo.

Brevemente estaremos a uma distância nula, num sítio, sem tempo nem espaço.


Descansa em PAZ,
na tranquilidade do PARAÍSO,
na viagem da ETERNIDADE.

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