Quem sou eu, para responder sim ou não,
Para decidir por alguém, mesmo achando que é o bem?
Eu sou do tamanho dum neutrão, e então?
Ainda que acompanhada neste sistema,
Estarei sozinha noutro dilema?
Sociedade, sociedade…
Dois ou três dedos a sociedade a todos aponta!
Será justo? Não penso que o seja…
Vem de pai para filho, e de filho para neto,
Mas que raio de hereditariedade é esta em concreto?
Nunca hei-de ser o que ancestrais modelaram aquando do meu projecto,
Virarei à esquerda, se a vida abrir porta à direita!
Tenho uma estrada a fazer, sem revolta ou fúria,
Mas não aceito, nem respeito,
Aqueles limites sem talento,
Estou farta de tamanha camuflagem,
Somente, meramente, pela sociedade o querer!
Diferentes nomes, diferentes pesos ou idades,
Todos somos humanos, mas todos somos diferentes!
Nada é ao acaso, tudo é planeado…
Mas afinal, onde está a pureza da espontaneidade?
Estou farta! Contudo feliz por questionar tudo aquilo que me é dado como certo!
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