Meus olhos verdes vivos
Que escondem muito do que eu sinto...
Vivo numa sociedade que considero fútil, ausente de razão... Emoção ou convicção...
A minha alma arrasta o meu corpo,
Por entre uns e outros... Daqueles por quem me cruzo...
Sinto me incapaz de sentir empatia,
Sinto me triste, ainda que nunca o tenha admitido...
Anseio paz que não encontro...
Sinto me perdida na multidão...
Sinto que a sociedade vive de sorrisos falsos e da vida alheia...
Não me sinto em paz porque não encontro paz à minha volta...
Sinto que me afastei de pessoas que amava, por não as conseguir perdoar...
Sinto-me cansada da sociedade pessimista em que estou inserida...
Vivo presa a pensamento e emoções mal resolvidos...
Vivo com tantas sensações dentro de mim que não encontro palavras para descrever...
Sinto alívio por não desistir de encontrar a paz que anseio...
Mesmo que as lágrimas me escorram neste rosto apático enquanto escrevo...
Temo tornar me mais distante...
Temo olhar me ao espelho e ver os meus olhos vazios de luz, pesados, triste...
Tenho tanta revolta dentro de mim,
Que nunca fui capaz de libertar...
Confesso que me sinto cansada...
Por diariamente temer viver...
Achei que era feliz quando tinha uma vida fútil..
Hoje, nada eu sou fútil, nada eu sou feliz... Nada eu sou certezas...
O que mais me dói, como arame farpado no coração...
É Continuar a acreditar em pessoas que só me desiludem...
Até eu me desiludo... Com esta minha atitude introspectiva...
So peço descansar durante o sono... Acordar para mais um dia... Igual aos outros... E no fim do dia deitar-me grata...
Por mais um dia passado que não vivi intensamente...
Porque muitos medos vivem dentro de mim...